Num cantinho da página F5, a Folha de S. Paulo estreia nesta semana a seção Saiu no NP, que mostrará histórias publicadas no cult Notícias Populares, jornal que homenageamos com este blog e que circulou de 1963 a 2001, com mais de 13 mil edições.
Interessante que depois de enterrar vivo o NP por achar, segundo comentários de quem estava por perto da cúpula, que era uma publicação que manchava o padrão de qualidade da empresa Folha da Manhã, o Folhão resolva recordá-lo em suas nobres e intelectuais páginas.
Talvez seja efeito do sucesso que foi a reedição do NP para o lançamento do filme Faroeste Caboclo, da qual o editor deste blog, Antonio Marcos Soldera, teve a oportunidade de participar, ao lado de Ebrahim Ramadan, 18 anos como editor do jornal em seu período áureo, de José Luiz Proença, outros tantos anos como secretário de redação, e do repórter-fotográfico José Luis Conceição.
Encartada em 300 mil exemplares do Folhão, a edição impressa de www.ultimonp.com.br fez o maior sucesso e trouxe à baila a discussão sobre por que deram fim num jornal tão querido e realmente popular.
A proposta é atualizar a seção semanalmente com páginas, resumos, relatos e imagens veiculadas no NP. Nós, do Notícias Populares, o blog, ficamos felizes com mais essa homenagem, justificada pela Folha em tom de tardio arrependimento:
Proença, Soldera, Ebrahim e Conceição |
"Em seus 37 anos de vida, o jornal se notabilizou pelo pioneirismo ao abrir espaço para minorias (como o Espaço Gay, em outubro de 1983), por adotar o uso de linguagem popular e por imagens históricas (como as do massacre no Carandiru, em 1992, e da morte dos Mamonas Assassinas, em 1996)."
O primeiro texto do 'Saiu no NP' conta a história do nascimento e sumiço de uma "misteriosa criatura". Publicado em maio de 1975, o caso do "Bebê-Diabo" estampou a capa do jornal por diversas vezes. Pelo menos 27 reportagens foram feitas para falar do assunto, o que fez o jornal alavancar a tiragem média diária de 70 mil exemplares para a marca de 150 mil.
Um comentário:
Trabalhei lah sob a batuta de laura capriglione com o Conceição e todos aqueles bambas do jornalismo popular. Também acho o fim da picada o grupo folha ficar cafetinando o jornal que enterraram. Alias esperaram o velho Otavio Frias morrer pra jogar a pedra de cal numa publicaçao realmente popular e de alta qualidade naquilo que se propunha a fazer.
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